Poder e ter um carro esportivo em um país como o Brasil não é somente uma questão de dinheiro. Ok, tem muita gente que realmente pode “picar” notas de R$ 100,00 e provavelmente estará pouco se lixando para o que eu vou falar neste texto, porém, para muitos dos apaixonados por carros esportivos que tem a chance de ter um brinquedo desses, o momento da compra, da manutenção e da venda são, sem dúvida alguma, enervantes!
Sempre ouço de muita gente frases do tipo “Ahhh mas se o cara tem dinheiro para comprar um carro desse, ele não pode ficar preocupado com o quanto desvaloriza ou com o quanto vai perder de dinheiro”. Particularmente, esse pensamento é, por falta de melhor palavra, muito imbecil. Quem trabalha e vê o dinheiro entrar mês após mês, dia após dia, sabe que essa recíproca é tão verdadeira quanto um relógio comprado na Rua 25 de março em São Paulo.
Por mais abonada que a pessoa seja, se ela teve que construir o seu saldo bancário, ela não gosta de jogar dinheiro pela janela. Após frequentar inúmeros eventos de carros esportivos e colecionar inúmeras amizades nesse meio, jamais percebi uma atitude indiferente quando o assunto é comprar ou vender carros esportivos e o dinheiro que se “rasga”. Infelizmente ou felizmente, a vontade de ter o brinquedo supera todos os pontos negativos! Agora, até quando essa situação vai continuar? A julgar pelo que tenho visto no último ano, é cada vez maior o número de ex-proprietários.
Não precisa ser grande conhecedor do mercado de carros esportivos no Brasil para saber que, em maior ou menor escala, os mesmos males que afligem o mercado de carros comuns também o afetam. A ponta vendedora sempre tem mais informações a respeito do carro do que a ponta compradora – essa assimetria informacional é o que faz o mercado de carros usados ser o maior exemplo para explicar como mercados modernos funcionam segundo as teorias econômicas.
Vamos parar de rodeios! Com esse texto, eu pretendo mostrar todos os males que eu consegui identificar em ter carros esportivos (e de luxo) no Brasil. Não vou citar nomes ou circunstâncias concretas justamente para preservar a identidade das pessoas que me confidenciaram as informações aqui contidas.
Carece lembrar também que esse texto fala em um aspecto geral, portanto, não quer dizer que os problemas desse mercado afligem todas as lojas, montadoras ou oficinas em solo nacional.
DESVALORIZAÇÃO ACENTUADA E MARGENS DE LUCRO
Não é novidade para ninguém que carros esportivos, exceto por itens de colecionador, não são e nunca foram um investimento. Nada mais justo, portanto, que o carro desvalorize após um determinado tempo de uso.
O problema começa quando a desvalorização ultrapassa o limite do razoável, como tem acontecido nos últimos 1 ou 2 anos. O processo de formação de preço é essencialmente resultado do cruzamento entre oferta e demanda – ou seja, a responsabilidade é toda do “mercado”, certo?
Sim, mas com algumas ressalvas quando o contexto é o mercado brasileiro.
Muitas vezes, baseados em uma percepção errada, muitos lojistas agem conjuntamente para derrubar os preços de determinados veículos. Quando o assunto é carro esportivo, ouve-se as estórias (sim, “estórias”, e não “histórias”) mais sensacionalistas para pagar muito pouco em um veículo na troca e vendê-lo muito caro!
Recentemente ouvi uma narrativa muito curiosa de um amigo interessado na compra de um Porsche 911 GT2 RS. Para precificar a sua proposta, ele ligou em algumas lojas para saber o quanto pagariam no carro caso ele quisesse vendê-lo ou jogá-lo na troca.
Todos os lojistas com quem ele conversou disseram, em curtas linhas, que o GT2 RS era um carro muito específico, que não tinha câmbio de dupla embreagem e que já era da desatualizada geração 997. Disseram que preferiam pegar o carro em consignação e que não tinham interesse em comprar ou pegar troca, pois pagariam muito pouco.
Agora, tenho certeza que se fosse o contrário, caso esse carro estivesse para vender em alguma dessas lojas, o discurso para justificar a venda por um preço exorbitante seria que o carro é muito exclusivo (leia-se “específico”), que é puro-sangue por causa do câmbio manual e que é o representante “de ouro” da geração 997. Curioso como as coisas funcionam, não é? Até aí, papo de vendedor.
Outro argumento comumente utilizado para desvalorizar um carro esportivo é a quilometragem! Em todos os lugares do mundo, há uma diferença de preço entre o valor de um carro usado com quilometragem baixa e outro com quilometragem alta. No Brasil, isso dita completamente a liquidez de um veículo na hora da compra e da venda, não é nem ao menos uma questão de preço somente.
Se o seu carro esportivo tem mais do que 20 mil quilômetros rodados, automaticamente ele se torna um “produto ruim”. Revisões em dia em autorizada ou oficina de boa reputação e sem nada para fazer? Esqueça isso na hora da revenda ou da troca. Esses são argumentos da loja que comprou seu carro por um valor muito abaixo do mercado para tentar revendê-lo, obviamente, a valor de mercado.
Outra coisa que irrita profundamente quem tem carro esportivo é quando desvalorizam um determinado veículo porque o proprietário utilizou o carro em eventos específicos ou se o proprietário era notoriamente conhecido por “andar forte”. Automaticamente seu carro virá uma “viúva negra”. Isso está correto? Mesmo que o carro esteja com toda a manutenção em dia e revisado? Será que o lojista repassa essa informação para o potencial comprador ou será só mais um pretexto para pagar pouco? Ou seja, quer ter um carro esportivo, tire-o da garagem para andar apenas alguns quarteirões, lavá-lo e guardá-lo! Se usar mais que isso, pode virar um motivo para depreciar o seu carro, rs!
Não se engane, querido leitor, carro esportivo, na maioria dos casos é sim utilizado! Não acredite no milagre da quilometragem baixa, que não deve ser a única coisa observada na hora da compra. Inclusive, já escrevi sobre o tema no texto “O mito da alta quilometragem em carros esportivos“.
Há marcas que naturalmente têm menor liquidez de revenda, agora, será que isso justifica queimar completamente um produto que é bom? Já ouvi gente revoltada dizendo que tentou trocar um modelo específico com menos de um ano de uso e com quilometragem baixíssima ouvindo propostas desvalorizando o modelo na ordem de 50%.
Seu carro é importação independente? Pronto! Mais um argumento para jogar seu carro no lixo, sendo que, muitas vezes, essas mesmas lojas importam e vendem esses veículos. Bacana, né?
Eu consigo entender perfeitamente que a loja, quando pega o carro usado na troca ou o compra, assume o risco do veículo e do negócio, mas será que esse “RISCO” justifica que paguem em um carro 550 a 600 mil cerca de 400 mil – uma margem de negociação na casa dos 150 a 200 mil reais? Haja risco, não é?
Pergunto: leitor, você conhece algum negócio hoje que dá retorno de, no mínimo, 20% com uma complexidade razoavelmente baixa e em prazo inferior a 1 ano? É, você que toca uma empresa ou que é empregado, escolheu a profissão errada.
PÉSSIMO ATENDIMENTO
Se já não bastasse todo o desgaste da negociação em si, das famosas propostas “na canela”, muitas vezes o potencial comprador ainda é obrigado a aturar falta de consideração, para não dizer, educação de alguns vendedores.
Você entra em uma determinada loja, interessado em um carro, caminha alguns minutos… olha para os lados… e NADA. Ninguém se aproxima, conversa com você, pergunta se está precisando de alguma coisa. Em algumas lojas, ser do “grupinho de amigos” da loja lhe garante mais acesso, mas eu acho incrível que uma pessoa interessada em comprar um carro que muitas vezes custa mais de R$ 1 milhão tenha que implorar para ser atendido.
Aí, quando o vendedor finalmente se aproxima, você percebe pouco caso no atendimento. Já ouvi de gente que chegou para comprar um carro, pronto para riscar o cheque ou fazer a TED, que o vendedor nem ao menos fez questão de abrir o carro para a pessoa olhar.
Eu entendo perfeitamente que há compradores e compradores. Há muita gente chata e curiosa apenas, mas é preciso levar em conta que a diferença entre o cara realmente pronto para comprar e o “mala” nem sempre é tão clara, especialmente quando é a primeira vez que o indivíduo entra na loja.
Das duas, uma: ou muitos vendedores de carro são telepatas e conseguem ler mentes de quem entra na loja; ou muitos são pura e simplesmente mal educados.
Nunca me esqueço de um episódio de um conhecido que chegou em uma loja aqui na Cidade de São Paulo com um Jaguar e ouviu a seguinte frase do vendedor: “Esse ano eu não estou trabalhando com drogas!”. O dono do Jaguar, incrédulo, respondeu com: “O que?” e o vendedor disse: “é que Jaguar é droga”. Por pior que fosse o carro, não teria machucado ao vendedor atender bem, chamado para tomar um café, ouvido o carro que a pessoa estava interessado e bater um papo com a pessoa.
Notem que até aqui não estou nem ao menos falando de pós-venda, mas sim do atendimento inicial, quando o potencial comprador deveria ser muito bem atendido para convencê-lo a comprar o carro.
Quando o assunto é pós-venda, muitas lojas dão uma aula… do que NÃO fazer. Tem muito vendedor de carro que parece político em véspera de eleição na hora da venda. Depois que você comprou, é como se você deixasse de existir! Esqueça o que lhe prometeram… conseguir retorno agora é com um atraso de resposta de dias, quando não, semanas!
Teve problemas com a documentação? Espere sentado uma solução. Descobriu que o carro era batido? Xiiii… quero ver provar. Garantia? Motor e câmbio, não é? Muitas lojas têm um conceito muito volátil do que é “motor e câmbio”.
Um advogado vai lhe dizer que o Código de Defesa do Consumidor está do seu lado e que se você litigar vai ganhar. Concordo! Mas quanto você vai gastar e quanto tempo vai demorar? É melhor fazer um acordo com a loja que não necessariamente vai ser a melhor coisa para você.
“BÔNUS DE FÁBRICA”
Ahhhhhhh! Nada como um “descontão” na hora de comprar o carro zero km, não é?! Para quem compra, realmente, em um primeiro momento, isso pode parecer ótimo! Se um carro custava 200 mil reais, nada como pagar 155 mil pelo mesmo carro, tal como o que aconteceu, por exemplo, com a BMW 130i em 2009 e 2010!
Agora, como é que fica a situação daquela pessoa que comprou o carro uma semana antes? Pelo preço antigo?
Nos últimos anos, algumas marcas tem recorrido a essa medida que chamam de “bônus” para atrair novos consumidores. O mais legal do famoso “bônus” é que escancara o tamanho da margem de algumas marcas no Brasil – o famoso “Lucro Brasil” ou alguém acha que elas vendem os carros com prejuízo?
Conversando com muitos proprietários que sofreram com essa situação, alguns relatos são coisas do tipo: “Paguei 380 mil em uma BMW M3 há 6 meses e, agora, estão vendendo 300” e o pior é que muitos descobrem isso quando decidem trocar de carro e, de repente, tomam um susto na avaliação. Imagine, no exemplo mencionado acima, a cara do proprietário que comprou e depois de alguns meses viu os 380 mil virarem 220 mil em uma avaliação?!
Isso, para mim, só fortalece o que eu sempre acreditei quando o assunto é fidelizar o cliente no Brasil – DESCASO. Essa não é uma preocupação de muitas marcas no Brasil. Afinal, depois que vende o carro, dane-se! Logo mais tem outro potencial comprador que melhorou a condição de vida e quer um carro premium ou esportivo. Quem vive do passado é história!
Agora, uma coisa eu tenho que alertar – isso é pensamento de curto-prazo, de terceiro mundo. Quanto mais informação o público-alvo desse tipo de veículo tiver, mais ele vai se precaver das peripécias desse mercado. A marca que investir em identidade da marca, preços sempre competivos e fidelizar o cliente vai se dar bem no longo prazo. Há marcas que se preocupam com isso? Sim! Embora as opiniões possam ser divididas entre os amigos e proprietário que eu conheço.
ADULTERAÇÃO DE VEÍCULOS
Quem nunca ouviu a frase “comprar gato por lebre”!? Pois é, quando o assunto é carro esportivo semi-novo é necessário muito cuidado! Há lojas que costumam ter carros esportivos em estoque cujo passado nem sempre é dos mais claros.
Nem sempre uma batida ou acidente significa um comprometimento da estrutura de um veículo. Porém, eu acredito que o consumidor tem o direito de saber o que se passou com um veículo. O que eu recrimino é quando determinado estabelecimento vende um veículo para uma pessoa menos informada como semi-novo ou “quase 0km”, mas o veículo já teve problema sério, seja mecânico ou decorrente de uma batida.
Nos últimos anos vimos surgir uma série de clubes relacionados à marcas de carros, tais como Porsche, Ferrari, BMW, Audi, entre outros. Para quem é membro desses clubes, a fonte de informações é bem extensa e, fazendo o “dever de casa”, dificilmente o potencial interessado em um carro específico terá surpresas. Porém, o que acontece com aqueles que são mais “leigos” no assunto e que estão apenas em busca de realizar um sonho?
Dependendo da “profundidade do buraco”, o “leigo” pode acabar com uma tremenda dor de cabeça e talvez apagar da sua cabeça toda aquela sensação especial de sonho realizado.
Portanto, meu conselho é sempre faça seu “dever de casa”, seja buscando informações junto aos clubes de proprietários ou, até mesmo, pedindo uma vistoria mais detalhada do veículo que lhe interessa. Hoje em dia, há oficinas mecânicas especializadas nestes veículos que por um determinado valor (ínfimo, se comparado ao valor do carro) vão fazer uma inspeção detalhada.
Se a loja refutar esse pedido de vistoria por sua parte, não hesite em correr da compra!
IMPORTAÇÕES FRAUDULENTAS
Ahhhh… esse é um outro aspecto que me salta aos olhos! Muitos estabelecimentos estão vendendo o sonho do carro esportivo 0km a preços mais acessíveis. De repente, muitos lojistas viraram especialistas em importação, apoiados em teses jurídicas mirabolantes!
Obviamente que tem gente que sabe o que está fazendo, mas “quando a esmola é boa demais, o santo desconfia”. A realidade é que a importação de veículos é um procedimento intrincado por normas jurídicas fiscais, bem como por uma burocracia de outro universo!
Muitas vezes, mesmo que toda a documentação esteja correta e o importador atue com o máximo de honestidade, as autoridades brasileiras costumam arrumar dor-de-cabeça! Quando o assunto é Brasil, meus caros, nada é simples!
Desconfie de preços e prazos excessivamente otimistas! Há muitas lojas que trabalham com o dinheiro do cliente, ou seja, pedem um adiantamento ou, até mesmo, o valor cheio de veículo, para então iniciar a importação apoiada em uma tese jurídica mirabolante para desonerar a carga tributária incidente.
Agora, recentemente, vimos uma outra face dos problemas com importação fraudulenta. Imagine você, comprador de boa-fé, que já pagou pelo carro, já está usando há alguns meses ou anos e, de repente, vê a polícia federal bater a sua porta para apreender o seu veículo. Ou pior, imagine que você comprou o carro importado independentemente semi-novo e alguns anos após a importação, lá está a polícia federal para buscar o seu carro. Parece um cenário apocalíptico e com possibilidade remota de acontecer, não é? Não exatamente.
Se a importação é fraudulenta, o FISCO tem até 5 anos para autuar o responsável. Nesse caso, ainda que você seja o adquirente de boa-fé, tenha examinado a documentação do veículo e tudo estava em ordem, se for apurado que o importador agiu de maneira fraudulenta, pode ter certeza que as autoridades brasileiras vão bater na sua porta, lhe fazer perguntas e, com azar, apreender o seu carro!
Acreditem, isso aconteceu em 2011 com a operação da Polícia Federal chamada de Black Ops.
Muita gente me pergunta a razão dos carros de importação independente serem desvalorizados pelo mercado. Alguns indagam se é por causa da falta de adaptações mecânicas feitas para o veículo rodar no Brasil, mas, honestamente, hoje em dia, pode ter certeza que a razão é, em grande parte, devido à impossibilidade de se assegurar completamente que o trâmite de importação foi feito de maneira correta.
Isso quer dizer que você não pode ou deve comprar um carro de importação independente? Não necessariamente, pois há muitas empresas idôneas no mercado. Porém, eu recomendaria que você consultasse um advogado especialista em matéria tributária, mais especificamente relacionado à importação e desembaraço aduaneiro, para analisar o que está sendo feito.
MANUTENÇÃO
Muitas concessionárias e oficinas seguem a máxima de que se o indivíduo pagou X mil reais em um carro, ele deve estar preparado para pagar um valor proporcional para mantê-lo; e, se o carro estiver na garantia e a manutenção for feita fora da concessionária, prepare-se para perder a sua garantia!
Imagine você que acabou de comprar seu veículo esportivo e chega a hora de uma revisão. Se você não está muito familiarizado com o mercado desses veículos, a sua primeira iniciativa será provavelmente agendar uma revisão em uma concessionária. Se você for um cliente novo e não tiver a mínima noção de mecânica, você acaba de virar “comida para os lobos”.
Há horas que eu vejo o orçamento de manutenção de veículos esportivos e é melhor rir para não chorar. Carros recém saídos do show-room, com 2-3 mil quilômetros rodados com folhas de serviço de 5, 10 ou 15 mil reais, incluindo substituição de peças que nem se o carro tivesse 50 mil quilômetros precisariam ser trocadas. Aqui o buraco é mais embaixo do que empurrar uma higienização de ar-condicionado. É ROUBO!
O que incomoda é que se você levar o seu carro na concessionária ou oficina designada pela montadora, que deveria ser o seu “porto-seguro”, e tomar uma pancada dessas no bolso. Naturalmente, há oficinas mais honestas, paralelas, que estão nadando de braçada na hora de conquistar clientes.
Leia o manual, há informação valiosa a respeito da manutenção do veículo…
Uns vão perguntar: “ahhh mas como fica a minha garantia?” (se o carro tiver garantia ainda). Realmente, essa questão é um icógnita. Se você precisa substituir uma peça e compra essa no exterior, o recomendado é que o serviço seja feito na concessionária mesmo, afinal, a peça é original do veículo e a instalação será feita conforme protocolo da montadora. Você deve evitar comprar peças parelelas, mesmo que sejam melhores que a original (OEM), pois é um argumento que a concessionária tem para anular a garantia em caso de problemas.
Por outro lado, se você comprar a peça original e levar para fazer o serviço em sua oficina de confiança, caso haja problemas, pode ter certeza que, se o veículo estiver na garantia, a concessionária colocará a culpa no serviço feito. Isso é Brasil.
Obviamente, se isso tudo virasse uma ação judicial, o Código de Defesa do Consumidor jogaria a favor do proprietário e o dever de provar que o problema é decorrente do serviço feito fora da concessionária seria da concessionária. Agora, eu lhe pergunto: quanto tempo demorará uma solução judicial para o problema? No final das contas, você acabará fazendo um acordo com a concessionária, não é?!
A manutenção do seu esportivo também é algo polêmico quando seu carro é de importação independente. Há representantes oficiais de determinadas marcas no Brasil que simplesmente se recusam a tocar em um carro que não tenha sido importado/vendido por eles. Procure consultar se a marca do veículo de importação independente que você está interessado não é uma das que fazem isso.
CONCLUSÃO
Recentemente, o Governo anunciou um novo pacote fiscal que deve beneficiar o mercado de luxo e esportivos importados, portanto, é possível que vejamos uma melhora na situação. No entanto, acredito que antes que todos os fãs e proprietários de veículos esportivos e de luxo se conformem com pouca coisa, é preciso pensar em uma maneira mais eficiente de melhorar as coisas.
Nesse sentido, acredito que o melhor caminho é a informação. Ou seja, quanto mais eu, você ou qualquer comprador de carros de alto padrão souber como agir, pesquisar ou comprar, a situação tende a melhorar.
Por mais difícil que seja, o negócio é filtrar ao máximo a emoção na hora de comprar ou vender um carro de alto padrão. Fazer as coisas com pressa ou “no impulso” só resultarão em um negócio ruim. Na hora de fazer manutenção, busque sempre uma segunda opinião e olhe o manual do seu veículo. Se você não tem paciência para seguir essas recomendações, ter um carro desse tipo não é para você, a não ser que você não ligue para o seu dinheiro!
Felizmente, o poder para mudar as coisas está na ponta compradora. Se cada vez mais os potenciais compradores começarem a ceder menos e a se informar mais, com sorte, esse mercado mudará.
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Em manutenção ainda acrescento a diferença de valores de peças e mão-de-obra de algumas marcas que pertencem ao mesmo dono, porém ficam situadas em Estados diferentes. Uma troca de óleo, por exemplo saí 3.000 em São Paulo e, em Curitiba, saí 2.000. Alguém explica? Aliado a tudo isso, temos um IPVA exorbitante e a falta de maiores opções de seguradoras para veículos esportivos e/ou de luxos. Como se não bastasse tudo isso, tem cada vez mais ex-proprietários de carros esportivos que tem deixado de ter o carro aqui para comprar em outros países para dessa forma, aproveitar o seu bem como mais privacidade, segurança, qualidade de serviço e atendimento e, claro, preços mais baratos do que os praticados aqui.Um excelente texto!
Maravillhozo texto, nos estamos no meio de uma grande quantidade de profissionais enexperientes mal carater que se acostumaram a roubar as pessoas justamente quando elas estao procurando realizar o seu prazer em comprar um produto especifico de alta qualidade e nome internacional.esses ser humanos devem ser banidos desse meio para que possamos como comsumidor ter um atendimento correto e de nivel mundial de pais de primeiro mundo onde o comsumidor e respeitado pelos seus direitos. vamos todos procurar muita imformaçao em todos os clubes nacionais e forums internacionais,e ratardarmos a compra desses veiculos ate eles se sentirem acuados por ver o produto sem liquides na sua primeira venda ou mesmo na segunda mao ate que eles passem a agir direito. nos somos consumidores e temos força para isso.Se nos nao mais comprarmos nos vamos emfraqueçe-los a ponto de eles entederem que ,QUEM MANDA SOMOS NOS COMSUMIDORES E NAO UMA MAFIA DE MAU CARATER SEM VERGONHA E MUITAS VEZES SEM CAPACIDADE PROFISSIONAL QUALIFICADA.